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Sacripantina [5 anos de blog]


Não sou muito fã de tortas feitas com pão-de-ló, mas sempre tive curiosidade com a torta Sacripantina, uma sobremesa de origem italiana que fez muito sucesso no Brasil na década de 50 e que lembra um pouco o Tiramisù. Pelo pouco que encontrei sobre a torta, ela foi inventada por Giovanni Preti, em 1851, para homenagear o personagem Sacripante, do poema Orlando Furioso, por sua personalidade arrogante, sedutora e robusta.

Realmente, robusta é uma boa definição para a Sacripantina, com suas camadas de creme amanteigado à base de zabaione, enriquecidas com café e chocolate e cobertas por biscoitos Amaretti. É uma torta trabalhosa, para ocasiões especiais, e ela foi escolhida para comemorar os 5 anos do Quiche de Macaxeira.

Caso queira diminuir o teor alcoólico da receita, sugiro molhar o bolo com uma calda comum de açúcar ou diluir um pouco a bebida que for usar. Do contrário, faça um brinde a cada fatia.

E não esqueçam de conferir o resultado do sorteio!

Ingredientes:
Pão-de-ló:
60 g (1/2 xícara) de farinha de trigo
55 g (1/2 xícara) de amido de milho
1 pitada de sal
4 ovos, em temperatura ambiente, separados
3/4 xícara de açúcar
1 colher (chá) de extrato ou essência de baunilha

Recheio:
150 g de chocolate meio amargo picado
2 colheres (sopa) de café instantâneo
2 colheres (sopa) de água
4 gemas grandes
3/4 de xícara de açúcar
1/3 de xícara de conhaque (usei Cointreau)
300 g (1 e 1/2 xícara) de manteiga

Montagem:
1/2 xícara de vinho Marsala ou do Porto (usei do Porto)
3 xícaras de biscoito amaretti ou biscoito champanhe esmigalhado
Açúcar de confeiteiro e/ou cacau em pó a gosto

Aqueça o forno a 180°. Unte o fundo e as laterais de 2 fôrmas de 20 cm de diâmetro (usei 2 fôrmas comuns de 18 cm, a receita sugere uma forma grande de aro removível de 20 cm). Forre o fundo das fôrmas com um disco de papel manteiga e polvilhe tudo com um pouco de farinha de trigo, retirando bem o excesso.

Para a massa, primeiro separe numa tigela pequena a farinha, o amido e o sal. Reserve.
Bata as gemas na batedeira com 1/4 de xícara do açúcar e a baunilha, até que fique um creme esbranquiçado. Em uma outra tigela, bata as claras em velocidade baixa, até espumar. Aumente a velocidade gradualmente e bata até formar picos moles. Vá acrescentando o açúcar restante, 1 colher de chá de cada vez, e continue batendo até formar picos firmes. Com uma espátula, misture as gemas às claras. Acrescente a farinha, peneirando por cima, em três adições e incorpore delicadamente. Despeje a massa nas fôrmas e asse o pão-de-ló por 20 a 25 minutos (os meus assaram em 22 minutos) ou de 35 a 45 minutos se usar apenas uma fôrma grande. Ele deve ficar dourado e passar no teste do palito. Passe uma faca ao redor da fôrma, para soltar a massa, retire o papel, desenforme e deixe esfriar sobre grade.

Para os recheios, derreta o chocolate em banho-maria ou microondas e dissolva o café em 2 colheres de água. Reserve-os. Bata as gemas e o açúcar, junte o conhaque e coloque-os numa tigela em banho-maria com água quente, sem ferver (a tigela não deve encostar na água). Bata essa mistura constantemente, até engrossar (você pode fazer isso com um fouet ou usar uma batedeira de mão). Retire do fogo e continue batendo por 4 a 9 minutos até esfriar, adicionando 1 colher de sopa de manteiga de cada vez (nessa parte é melhor com batedeira). Bata até ficar um creme liso. Divida o creme em duas partes iguais. Ao primeiro creme você adiciona o chocolate derretido e, ao segundo, o café dissolvido. Em cada um, bata mais um pouco para que misture bem.

Para a montagem, corte cada pão-de-ló em duas camadas iguais (ou em quatro camadas iguais, se fizer na fôrma grande) com a ajuda de uma faca grande de serra. Pincele as camadas com o vinho Marsala ou do Porto, umedecendo bem. Espalhe com uma espátula um pouco de creme de café sobre uma camada do pão-de-ló. Cubra com mais uma camada do bolo e espalhe por cima uma parte do creme de chocolate (cerca de 6 colheres de sopa). Coloque por cima mais uma camada de bolo e espalhe umas 5 colheres do creme de café. Cubra novamente com bolo e espalhe o creme de chocolate sobre toda a torta. Leve à geladeira por alguns minutos e espalhe o restante do creme de café sobre tudo. Polvilhe toda a torta com os biscoitos esmigalhados e leve para gelar. Antes de servir, polvilhe com cacau em pó e/ou açúcar de confeiteiro.

Fonte: Recorte antigo sem fonte, acredito que alguma revista Claudia antiga.

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Petit Gâteau de Goiabada [Aniversário do Blog]


Hoje faz dois anos que comecei o Quiche de Macaxeira. Não deu para fazer bolo, mas deu pra fazer bolinho. Para comemorar, escolhi essa receita muito gostosa do livro As Doceiras, que ganhei de presente de uma pessoa muito gentil: o Eduardo do DCPV, um dos mais elegantes blogueiros de comida. Para saber mais sobre o livro, leia aqui uma resenha da Valentina.
Esse petit gâteau tem um sabor especial e suave. De vez em quando é bom sair das sobremesas com chocolate. Fiz apenas meia receita e foi assim que resolvi postar aqui, pois acho a receita original muito grande.

Quero agradecer a todos os leitores do blog por mais um ano de muitos comentários carinhosos e mensagens positivas. Eu não poderia listar tudo de bom que este blog já me trouxe. Às vezes fico em falta com as postagens, mas isso é porque desde o início tive o compromisso comigo mesma disso tudo ser um grande prazer, não uma obrigação.
Um abraço especial a todas as colegas blogueiras, que sabem do trabalho e do prazer de manter um blog, e um beijinho para a Priscila, que fez uma homenagem aos seus blogs preferidos, incluindo o meu. Beijos a todos e Feliz Halloween!!!

Ingredientes (para 5 a 7 bolinhos):
180 g de goiabada cremosa (mais um pouco, se quiser decorar)
100 g de manteiga
2 ovos
2 gemas
1/4 de xícara + 1 colher (sopa) de açúcar
1/4 de xícara de farinha de trigo peneirada
25 g de queijo parmesão ralado fino
Sorvete de creme para acompanhar

Derreta em banho-maria a goiabada e a manteiga juntas. Junte à esta mistura os ovos e as gemas, batendo bem com um fouet. Adicione o açúcar e bata novamente. Depois a farinha e o parmesão, batendo até ficar homogêneo. Unte algumas forminhas individuais (com as quantidades descritas aqui consegui 7 unidades em formas de muffin) com manteiga e distribua nelas a massa. Leve ao forno preaquecido em 200° por exatamente 8 minutos. Sirva com o sorvete e um pouquinho de goiabada cremosa.

Fonte: O Livro “As Doceiras”, de Carla Pernambuco e Carolina Brandão.

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Sopa de Letras – Participantes


Gostaria de agradecer imensamente a todo mundo que participou do evento Sopa de Letras. A proposta era de fazer uma conexão entre a comida e a literatura, mostrando como alguns livros nos fazem sentir o gosto dos pratos que descrevem. Todos os participantes (com exceção, é claro, de mim e da Socorro Acioli) vão concorrer a um livro infantil desta escritora premiada. O sorteio deverá ser feito num encontro entre nós duas, quando vamos tentar fazer uma das receitas concorrentes. Enquanto o encontro (e o sorteio) não acontece, dêem uma olhada em quem se envolveu nesta sopa, em ordem de participação:

Carlos Eduardo, do blog VemKafkaComigo, com a misteriosa receita Torta de Marrom, do livro Nêmesis, de Agatha Christie.

Ivana, do blog Doidivana, com a receita – já literária e sensual – de Bobó de Camarão, no conto A Mulher do Fim do Século, de sua autoria.

Claregina, do blog Mundo dos Sabores, Aromas e Rimas, com a receita Sonhos, num doce poema de sua autoria.

Isabel, do blog Cinco Quartos de Laranja, que tão à frente já havia feito uma bela publicação dentro dos moldes do evento, com a receita Arroz de Bacalhau, descrita por Francisco José Viegas, no livro Longe de Manaus.

Nereime, do blog Tempo de Purim, com a receita Bolo de Refrigerante e Chocolate, retirada de um livro do Ziraldo, do Livro de Receitas do Menino Maluquinho.

Naomi, do blog Pensamentos de uma Batata Transgênica, com a receita Yakitori, citada no livro Uma Questão Pessoal, de Kenzaburo Oe.

Cláudia, do blog Magia na Cozinha, com um Bolo de Chocolate imaginado por ela ao ler o livro Quando é Preciso Voltar, de Zibia Gasparetto.

Dauana, do blog Simple Life, com sua Polenta, inspirada pelo intrigante livro As Cidades Invisíveis, de Ítalo Calvino.

Kátia, do blog Folhas de Outono, com seus interessantes Bolinhos de Frigideira, do livro Reinações de Narizinho, do Monteiro Lobato.

Renata, do blog Geléia de Rosas, com seu envolvente doce Aşure, do livro De volta a Istambul, de Elif Shafak.

E Andrea, do blog Dia de Domingas, que aproveitou o último prazo para preparar um delicioso Doce de Banana em Rodinhas, do clássico Gabriela Cravo e Canela, de Jorge Amado.

Boa sorte a todos!

Atualização: como comentei antes, este evento não tem prazo para participação, o prazo é apenas para o sorteio do livro. Sendo assim, vou listando aqui quem quiser fazer parte.

Começando por mim, que preparei Queijadas de Sintra, inspiradas no livro Os Maias, de Eça de Queiroz.

A Agdá preparou lindos Cookies de Banana e Chocolate, do livro The Wolf’s Chicken Stew, de Keiko Kazsa.

A Márcia, do Idéias a la Carte, costuma preparar um Ragu lembrando do livro Calor, de Bill Buford.

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Sopa de Letras


A Socorro Acioli, escritora cearense e autora do blog As Borboletas de Fevereiro, me convidou para colaborar com ela no lançamento de um evento que combina comida e letras.
O Sopa de Letras tem o propósito de aliar a Literatura e a Culinária, ou seja, você prepara uma receita que tenha sido desde levemente citada até demonstrada em pormenores em algum livro que leu ou conheça.
Um prato servido em algum banquete de um romance, um bolo perfumado em alguma cozinha de uma história familiar, uma madeleine do Proust, uma receita baiana em algum livro do Jorge Amado, os pratos exóticos de Tita, em Como Água para Chocolate…
Claro que cada um adapta como quiser, pois como bem disse Tia Nastácia: “A questão não está na receita – está no jeitinho de fazer… Isto de cozinhar tem seus segredos…”.
Se alguém quiser participar, basta publicar a receita em seu blog – pode usar o selinho aí em cima – e me avisar. Deixe citado também um trechinho do livro onde fala da receita. Não há prazo, mas quem participar até o dia 10 de julho concorre a um livro dela – depois iremos nos encontrar para preparar uma receita (escolhida por conveniência, não necessariamente a ganhadora) e sortear o vencedor.

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Do Quiche ao Da Cachaça pro Vinho


Imagina alguém fazer um jantar baseado em receitinhas publicadas no seu blog? Foi o que aconteceu na quarta passada na casa do Eduardo Luz, não é bacana? Foi o 7° Interblogs DCPV, um evento que combina cardápios sugeridos por um blogueiro de comida e as já clássicas sugestões de vinho para acompanhá-los. Além do presente acima pude conferir todo o resultado no blog do Eduardo, tudo muito caprichado e lindo, fiquei com vontade de estar neste jantar! Adorei participar, o Eduardo é muito organizado, fez várias perguntas pra que tudo ficasse o mais fiel possível ao que eu já tinha feito, e pude sentir a gentileza até dos amigos que costumam estar nos eventos.
Ah, e ainda tem participação especial das amigas blogueiras que comentaram as receitas, olha só!
Aproveite e passeie pelo blog Da Cachaça pro Vinho para ver as outras edições do evento. 😀

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Amigo Secreto 2007 – O Segredo de Hannah


Já comentei aqui que esse amigo secreto dos blogueiros de comida está sendo super divertido devido às mensagens que todos postam no grupo e que todos recebem em suas caixas de entrada. Ontem à noite, por exemplo, a conversa ia de marcas de máquina de pão a glacê para biscoitos. Apesar da diferença de fuso horário ter formado grupos específicos, a interação foi (está sendo) grande. Além disso, os presentes carinhosos vão chegando e a cada pacotinho que chega, uma surpresa para todos. Eis aqui a minha surpresa agora compartilhada com o resto do grupo.
Eu não resisti a tentar adivinhar quem era a tal Hannah. Afinal, como ela disse estar muito atarefada, eu podia eliminar várias pessoas da lista, já que muitas participavam ativamente das mensagens de grupo e eu me encontrava, portanto, no grupo das traumatizadas: as que não recebiam muitas mensagens da amiga. Além disso, ficou claro que ela morava no Brasil. Mas foi o jeitinho emocional dela escrever que me deu a certeza: era a Heidi, do Coisas Simples.
Quando a caixinha chegou eu estava de saída para um casamento e só abri na volta. Fiquei emocionada com o carinho com que ela embalou tudo, os lacinhos, os detalhes… E ainda por cima parecia que ela me conhecia, porque os presentes são a minha cara, adorei tudo. Vejam detalhes:

Um conjuntinho de porcelana japonesa a coisa mais fofa do mundo, com a paleta de cores do Quiche de Macaxeira. Um potinho de cremor de tártaro, que foi meu pedido, já que eu não encontro em lugar nenhum.

Um kit de utensílios super úteis, um cortador de maçã (que o Ric tomou como presente dele) e uma espátula e um pincel de silicone, lindos. Um cartão e uma cartinha super carinhosa e perfumada.

E as guloseimas: biscoitos de arroz (deliciosos) e gateaus de chocolate (divinos)!!! Digam-me, se não fui sortuda?

Heidi, mais uma vez obrigada por tudo, você mesmo sem tempo se dedicou tanto e escolheu tudo com cuidado. Que você receba em dobro da sua amiga secreta o carinho que enviou pra mim!

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Aniversário do Blog


Foi numa tarde de Halloween que eu publiquei a primeira receita aqui, um Bolo de Tangerina. A primeira intenção era compartilhar receitas com os amigos, já que vez ou outra alguém me pedia uma receita que eu havia feito, e também manter um arquivo de experiências pra mim. Naquela época eu nem imaginava que depois tantas pessoas iriam visitar meu blog e que eu iria ficar amiga de tantas outras (essa frase deve ter saído igual em todos os blogs que fizeram aniversário ultimamente, mas é verdade). Um abraço apertado a todos que vez ou outra passam por aqui.

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Somos Notícia no Ceará


CLIQUE PARA AMPLIAR

Fiquei muito feliz com a matéria feita pelo jornalista Laécio Ricardo, do Diário do Nordeste, sobre as blogueiras de culinária. Algumas meninas não apareceram nos depoimentos, mas pelo menos vários links foram citados, os quais levarão também aos blogs que não apareceram. A única coisa que fiquei chateada foi o fato do nome da Valentina ter saído errado na parte em que fala das cearenses. De qualquer forma, espero que todas tenham gostado e acho que foi uma forma legal de divulgar nossos blogs e principalmente mostrar o quanto nossa interação vale a pena.
A imagem de cima eu digitalizei um pouco apressada, mas acho que dá pra ler, fiz uma colagem porque a coluna é página dupla.
Já estou aqui colocando várias cópias nos envelopes para mandar pra quem me passou o endereço, vou esperar até a hora de ir pro correio por quem não enviou ainda. Detalhe: o de alguém vai meio amassado, por conta do Mael (com a patinha sobre detalhe que saiu na capa):

Pra quem quiser ler online, clique aqui, aqui e aqui.