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Mac And Cheese com Couve-Flor e Cobertura Crocante

Eu fiquei apaixonada por essa cobertura. O macarrão ficou gostoso, mas essa cobertura iria deixar qualquer coisa gostosa. Já penso em mil variações e usos para ela, mas pra começar façam esse mac and cheese pois é simples e resolve um jantar rápido num instante. Na foto ele parece meio seco porque o formato de concha do macarrão roubou todo o molho, mas ele fica bem cremoso.

Ingredientes
Para o macarrão:
400 g de couve-flor (usei congelada)
500 g de macarrão curto, do tipo rigatoni (o que eu tinha era em formato de concha)
200 de queijo ralado (qualquer um que derreta, pode ser mozarela, eu usei uma mistura de madrigal com grana padano)
200 g de cream cheese ou requeijão cremoso
Água do macarrão reservada (2 xícaras)

Para a cobertura:
10 azeitonas*
2 colheres (sopa) de alcaparras*
Ervas de sua preferência a gosto (usei manjericão e manjerona)
2 dentes de alho espremidos
Sal e pimenta-do-reino a gosto
Migalhas de pão o quanto baste (usei mais ou menos 2 pãezinhos e algumas torradas)
2 colheres (sopa) de azeite de oliva

*Azeitonas e alcaparras substituíram o bacon da receita original. Poderia ser tomate seco ou qualquer ingrediente com sabor mais forte.

Preaqueça o forno em 220º (alto). Usando o processador com a lâmina, processe todos os ingredientes da cobertura para que virem uma espécie de farofa (acredito que dá pra fazer em liquidificador). Reserve.

Cozinhe o macarrão em água fervente e salgada (você pode cozinhar a couve-flor junto, caso esteja usando ela fresca). Como usei a couve-flor congelada, aproveitei apenas um pouco da água quente para descongelar e piquei em pedacinhos. Junte o macarrão e a couve-flor já cozidos em um refratário grande. Adicione um pouco da água do cozimento (se quiser o macarrão mais sequinho coloque pouco, se quiser mais molhadinho, coloque mais: o Jamie sugere 400 ml). Junte o queijo e o cream cheese e misture tudo muito bem. Agora cubra tudo com a “farofa”, deixando as beiradas livres para o vapor sair. Leve ao forno por 15-20 minutos, até que a cobertura fique dourada. Sirva em seguida.

Fonte: Adaptada de “Cauliflower Macaroni” – Refeições em 30 minutos, episódio 23 – Jamie Oliver.

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Minestrone de Outono no Verão

Sem ser rigorosa na definição, o minestrone é uma sopa com muitos ingredientes, feita com uma base refogada e que deve conter legumes da estação, incluindo quase sempre feijão e algum tipo de macarrão. Esta receita é do livro A Itália de Jamie e o resultado foi perfeito, mesmo fazendo-a numa versão vegetariana. Ficou bastante encorpada e serve quase como remédio naqueles dias em que o corpo precisa de mais nutrição. Numa sopa que não possui regras, afinal você usa o que tem disponível, as únicas regras indicadas pela receita são: usar um bom caldo, fazer o refogado lentamente e observar a estação dos ingredientes.
E por falar em estação, estamos em pleno verão, mas na minha cidade é uma época em que a temperatura cai e chove ocasionalmente. Não que eu precise dessa desculpa para fazer sopa, pois o fortalezense toma sopa à noite o ano inteiro: a temperatura daqui é tão constante que isso quase não interfere nas nossas escolhas do que comer. E se eu precisasse de uma desculpa para fazer esse minestrone novamente, eu diria que essa sopa foi uma das melhores que já tomei.

Ingredientes (6-8 porções):
200-300 g de feijão cozido sem caldo (ele sugere o branco ou o italiano rajado, usei feijão preto, mas adoraria ter usado feijão verde) (separe um pouco do caldo caso seja necessário usar no final da sopa)
4 tiras de bacon (não usei, imagino que fique bom, mas não senti falta)
2 cebolas roxas pequenas, descascadas e picadas finamente
2 cenouras descascadas e picadas
2 talos de salsão (aipo) aparados e picados (não usei)
1/2 cabeça de funcho (erva-doce) picada (não usei)
3 dentes de alho descascados e picados finamente
1 punhado de manjericão fresco, folhas e talos separados (troquei por salsinha fresca)
2 latas (400 g cada) de tomates pelados
2 abobrinhas pequenas picadas (tirei a casca e o miolo esponjoso)
1 batata média descascada e picada em cubos pequenos (acrescentei, não tem na receita original)
1 xícara de milho verde cozido (acrescentei, não tem na receita original)
1 taça de vinho tinto
200 g de acelga ou espinafre, lavado e picado grosseiramente (usei espinafre congelado)
550 ml de caldo de galinha ou de presunto ou de legumes (usei de legumes)
80 g de massa de macarrão seca e curta (usei serpentini, se usar massa longa, quebre antes)
1 pedaço de queijo parmesão, para servir (não usei)
Azeite de oliva para refogar
Azeite de oliva extra-virgem para servir

Primeiro faça o refogado (soffritto): aqueça um pouco de azeite de oliva numa panela com cabo e junte o bacon (que eu não usei), a cebola, a cenoura, o salsão, o funcho, o alho e os talos de manjericão (no caso usei os talos da salsa) bem picados. Refogue lentamente em fogo baixo, com a tampa pela metade, por cerca de 15 minutos, ou até que fiquem macios, mas não escuros.
Acrescente os tomates, a batata, as abobrinhas e o vinho tinto e cozinhe em fogo brando por 15 minutos. Depois disso, acrescente o caldo e deixe cozinhando até as batatas ficarem levemente cozidas, uns 10 minutos (adicionei também um pouco de sal, já que eu não usei o bacon). Por fim, junte o espinafre (ou a acelga) e o feijão. Acrescente a massa de macarrão e deixe ferver até que a massa esteja cozida. Se for preciso, junte um pouco mais de caldo de legumes ou o caldo do feijão reservado, ajustando a consistência da sopa conforme o seu gosto. Prove e tempere com sal e pimenta. Sirva com as folhas de manjericão (usei folhas de salsinha) rasgadas por cima e um pouco de azeite de oliva extra-virgem. Se desejar, rale um pouco de parmesão sobre a sopa.

Fonte: A Itália de Jamie – Jamie Oliver.

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Livros: A Itália de Jamie – Jamie Oliver

Na época em que este livro estava em seu auge aqui no Brasil, acredito que entre 2007 e 2008, eu não o comprei, mas fiquei com ele na cabeça por inúmeros elogios que aqui e ali eu ouvia. Quando uma livraria na cidade fechou as portas, fazendo antes uma grande promoção de livros, este foi um dos que escolhi para levar para casa.

Ele tem um estilo de edição parecido com alguns outros do mesmo autor, com fotos incríveis do David Loftus e um texto de entrada em cada receita, bem informal. A divisão do livro praticamente obedece ao serviço de um banquete italiano, começando pelos antepastos e terminando nas sobremesas, mas antes com uma introdução sobre o que seria essa “Itália de Jamie”, ou seja, a experiência gastronômica e cultural do autor no país.

E o legal do livro é exatamente este relato pessoal, como se fosse um diário de viagem de tudo que ele encontrou por lá: lugares, pessoas, ingredientes. Não se trata de um livro de receitas italiano autêntico, é claro, mas como ele próprio deixa marcado no título do livro, é a maneira como ele experimenta a Itália, assim como cada um de nós pode conhecer um pouco de um lugar através de sua comida. Até porque, e isso é um assunto constante no livro, cada família italiana tem um jeito muito próprio de fazer as coisas.

O ponto forte de A Itália de Jamie é a conversa do autor com o leitor, já característica do Jamie Oliver, tanto em seus livros como em seus programas de TV, lembrando muitas vezes um texto de blog. De ponto fraco eu apontaria apenas algumas escolhas da diagramação (dispensaria algumas páginas pretas com texto em fonte branca) e da tradução (o tradutor chega até a debochar de uma dica do Jamie Oliver), além disso, achei muito estranho não ter receitas de pães, mas no geral o livro é muito bonito e estou com várias receitas marcadas para fazer. Semana passada eu preparei uma, que já se tornou preferida e que amanhã postarei aqui.

Imagem: foto de divulgação do livro.

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Refogado de Soja com Feijão e Batatas Assadas [30 minutos]


Esse PF foi feito a partir de um episódio do “Refeições de Jamie Oliver em 30 Minutos”. Ficou faltando apenas a salada, pois eu quis fazer tudo com o que eu tinha em casa, sem ter que sair pra comprar nada. Por conta disso, o resultado acabou vegetariano. Realmente, pelo menos na versão que eu fiz, essa refeição é muito rápida de fazer, acho até que dá pra fazer tudo em 20 minutos. As batatas não são diferentes do que eu já fazia: eu sempre começo pelo microondas (talvez a única coisa que faço nele são batatas) e termino no forno, assim você ganha muito tempo e elas ficam bem macias por dentro e sequinhas por fora. O refogado e o feijão também não são muito diferentes de qualquer comida caseira rápida brasileira, mas ficou tudo bem gostoso.

Refogado de Soja com Legumes e Molho Inglês
1 xícara de de proteína de soja (originalmente carne moída, mas não lembro a quantidade)
1 cenoura grande
1 talo de aipo
1 cebola pequena
4 dentes de alho (espremido ou picado)
6 colheres (sopa) de molho inglês (para quem for vegetariano, use uma marca que não contenha ingredientes de origem animal)
Sal e pimenta a gosto
Tomilho a gosto
Alecrim a gosto
Azeite para refogar

Numa tigela, despeje a soja e cubra com água. Deixe hidratar por alguns minutos. Retire o excesso de água, espremendo bem. Unte uma panela com azeite e refogue a soja, temperando com sal, pimenta e tomilho. Como a soja não vai soltar água como a carne, você pode acrescentar um pouco. Fatie a cenoura, o aipo e a cebola e reserve. Acrescente o alecrim à panela, bem como o alho e o molho inglês. Quando os líquidos reduzirem e ela começar a fritar, junte os vegetais e continue a refogar, misturando tudo.

Feijão com Tomate e Azeitona
12 azeitonas (originalmente 4 tiras de bacon)
2 tomates (usei 2 tomates pelados de lata)
400 g de feijão cozido (originalmente uma lata)
1 colher (sopa) de vinagre
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
Manjericão fresco (não tinha, mas usei um pouco do seco)
Azeite para refogar
Refogue as azeitonas com um pouco de azeite, apenas para que liberem um pouco o sabor. Junte os tomates picados e misture. Acrescente o feijão cozido com um pouco de caldo e deixe ferver até reduzir um pouco. Acrescente o vinagre e o azeite e por fim, um pouco de manjericão fresco.

Batatas Assadas
4 batatas grandes limpas e com casca (1 batata por porção, no caso usei 2)
Iogurte (originalmente creme azedo, mas pode ser creme de leite ou requeijão)
Sal e pimenta a gosto
Alecrim
Azeite comum
Azeite de oliva extra-virgem
Faça furinhos nas batatas com um garfo ou uma faca. Tempere-as com sal e leve-as para o microondas, num tigela coberta com filme plástico, por 14 minutos. Aqueça seu forno ou seu grill de forno e deixe lá uma assadeira que caiba as batatas. Passados os 14 minutos, retire o filme e na própria tigela, termine de temperar as batatas, com sal, pimenta, alecrim e azeite, misturando tudo. Passe as batatas para a assadeira aquecida e leve ao forno ou grill de forno para que elas dourem. Para servir, corte o topo de cada uma em forma de cruz e esprema de leve ao meio, para que ela abra como uma flor. Sirva com uma colherada de iogurte e um fio de azeite extra-virgem.

Fonte: Jamie’s 30 Minute Meals – Episódio 36 – “Super-fast Beef Hash”

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Semi-freddo Nougat


Esta semana recebi mimos maravilhosos da Valentina e, aos poucos, vou mostrando o que ganhei. Um dos presentes foram as favas de baunilha, juntamente com o açúcar de baunilha, que eu morria de curiosidade e achava mesmo que ia demorar pra ver. Simplesmente amei, é tão bom saber como é o verdadeiro sabor e aroma da baunilha! Obrigada mais uma vez, Val! Pois bem, para tanto pensei em colocar em prática uma receita de semi-freddo do Jamie Oliver que eu namorava (a receita, não ele), mas me deparei com a velha questão dos ovos crus, que não tenho mesmo coragem de usar. Então misturei a receita dele com a de sorvete da Nigella, o que resultou numa sobremesa de revirar os olhos, podem acreditar!

O torrone usado deve ser crocante, de preferência. Como não achei de nenhum tipo, usei barras de Snickers, e o resultado foi ótimo. Ainda aproveitei a fava usada para fazer mais açúcar de baunilha: ela vai ser “re-usada” várias vezes, por isso não processei. Olhem que meigo:

Ingredientes:
1 fava de baunilha
70 g de açúcar
1/2 xícara de leite
600 ml de creme de leite integral
4 colheres (sopa) de água gelada
400 g de torrone (nougat) de sua preferência (usei 8 barras de Snickers)
115 g de pistache sem sal
30 g de chocolate amargo ou meio-amargo
2 colheres (sopa) de mel

Corte a fava de baunilha no sentido do comprimento e retire as sementes raspando-as para fora, com uma faquinha. Não descarte a fava*. Junte então as sementes com o açúcar e o leite quente. Misture bem e deixe descansar. Enquanto isso processe o pistache, reserve um pouco para decorar e processe também o torrone.
Na batedeira, bata o creme com a água até obter picos moles (no ponto em que passa de líquido para cremoso). Junte a mistura de baunilha a esse creme e bata mais um pouco, com um batedor. Agora incorpore o pistache e o torrone processado. Se usar as barras de Snickers, tenha paciência para quebrar um pouco os grandes grumos que se formam. Despeje a mistura numa travessa de louça ou vidro, de preferência grande e larga, pra que congele por igual.
Polvilhe com o pistache picado reservado e depois com o chocolate ralado ou em raspas. Por fim regue com mel e leve ao congelador por no mínimo 3 horas. Deixe-o descongelar na geladeira uma meia-hora antes de servir. Uma vez descongelado, não deverá ser congelado de novo, portanto só retire a porção que deseja no momento.

*Aproveite a fava e coloque-as num pote com 300 g de açúcar para obter um açúcar de baunilha (se quiser mais forte, processe-os).

Fonte: Adaptado de Jamie Oliver – O Chef sem Mistérios.

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Sobremesa de Pêssego do Jamie Oliver

Na dúvida se fazia essa sobremesa ou um crumble, optei por essa espécie de torta, pela curiosidade de como ficaria. Pelo que eu lembrava de ver o preparo, imaginava que seria algo como um pudim ou algo assim, mas é uma torta parecida com bolo (pudding), macia com casquinha um pouco crocante, bem legal, que pena que a aparência da foto talvez não faça jus ao sabor. É uma torta com açúcar sutil, para quem não aprecia coisas muito doces (mas quem aprecia também irá gostar). Recomendo imensamente essa massa, e recomendo fazer numa forma média, fiz numa grande e ficou muito baixinha. E recomendo a mim mesma da próxima vez comê-la com uma bola de sorvete de creme.

Ingredientes:
125 g de açúcar
125 g de farinha de trigo com fermento
125 g de manteiga sem sal
4 colheres (chá) de açúcar demerara
4 colheres (sopa) de água
2 ovos
1 fava de baunilha cortada ao meio no comprimento com as sementes liberadas
6 pêssegos frescos maduros sem caroços (ou outra fruta de sua preferência)

Preaqueça o forno em 180°. Corte os pêssegos em fatias médias. Cozinhe-os com a fava de baunilha, a água e o açúcar demerara, deixando ferver por apenas 5 minutos. Distribua-os então numa assadeira média untada com manteiga e levemente polvilhada com farinha de trigo.
Para a massa, bata bem a manteiga com o açúcar e os ovos, até que fique leve e pálido. Acrescente a farinha de trigo e incorpore-a. Coloque a massa por cima das frutas em colheradas sem se preocupar em cobrir tudo pois, à medida que assa, a massa vai entrando nas frutas e vice-versa. Leve ao forno para assar por cerca de 40 minutos.

Fonte: The Naked Chef – Episódio 02.06.