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[Bubble Tea] Chá Gelado de Tapioca com Leite de Coco

Eu sempre fui muito curiosa em experimentar o Bubble Tea, que é uma bebida gelada à base de chá, de origem asiática, em que no fundo são depositadas bolinhas gigantes de tapioca, o que lhe dá uma consistência muito diferente. Como eu não iria encontrar as tapioca pearls por aqui, resolvi usar sagu para substituir e acho que, mesmo não tendo provado a bebida original, o resultado ficou legal.
Eu quis começar com o que achei que era mais básico e clássico, que seria a simples mistura de chá e leite. No entanto, usei leite de coco porque desconfiei que o sabor ficasse mais interessante, mas já fiquei imaginando outras possibilidades, inclusive sem chá. Afinal, a intenção era apenas resolver essa curiosidade, porque acredito que essas pérolas de tapioca fazem qualquer bebida gelada ficar mais divertida.

Ingredientes (2 porções):
1 ou 2 saquinhos de chá preto (vai depender se quer mais forte ou mais fraco)
1 xícara de água para o chá
1/4 a 1/2 xícara de sagu (bolinhas de tapioca)
1/2 xícara de leite de coco gelado (ou 1 xícara de leite)
Açúcar ou outro adoçante a gosto
Pedras de gelo a gosto

Leve a água para ferver e prepare o chá. Adoce a gosto (se quiser, pode deixá-lo um pouco mais doce para que não tenha que adoçar mais). Deixe esfriar um pouco e reserve no freezer. Ferva uma boa quantidade de água numa panela pequena e acrescente as bolinhas de sagu. Deixe que cozinhe por cerca de 15 minutos, mexendo de vez em quando, ou até que as bolinhas fiquem translúcidas (algumas podem ficar branquinhas por dentro, não tem problema).

Escorra e em seguida enxágue, para que as bolinhas soltem um pouco. Despeje-as nos copos, deixando uma camada grossa. Coloque o leite de coco numa xícara e complete com água gelada. Na coqueteleira, ou num recipiente com tampa, misture a xícara de chá pronto com a xícara de leite de coco (ou a xícara de leite) e algumas pedras de gelo. Tampe e sacuda bem, até espumar um pouco. Prove e, se necessário, adoce, batendo mais um pouco. Despeje sobre os copos com tapioca e sirva com um canudo bem largo, para que as bolinhas possam passar (você pode conseguir esse tipo de canudo em qualquer grande lanchonete que venda milkshakes).

*Essa é uma receita base, e o sabor fica bem suave. Use sucos de frutas, outros tipos de chá ou outras bebidas de seu gosto. Caso queira testar a receita, teste antes a bebida sem a tapioca, até encontrar a sua mistura ideal.

Fonte: Vídeo em Chinese Food: How to Make Cold Bubble Tea.

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Torta de Frango e Champignon Deliciosa

Faz muitos anos que essa torta é um sucesso nos blogs e na minha casa, mas nunca tenho oportunidade de fotografá-la. Dessa vez tirei uma foto rápida, pois não poderia deixar de postá-la aqui, já que tanta gente me pede a receita. A massa é uma espécie de pão fofinho e macio, incrivelmente fácil de fazer. O recheio pode ser outro, é claro, mas eu sempre acabo fazendo com frango, pois essa é daquelas receitas do tipo “quero-agradar-o-maior-número-de-pessoas-possível”, ideal também para piqueniques. E a sua qualidade de deliciosa é tanta que já vem no título, para não deixar dúvidas.

Ingredientes:
Massa:
3 ovos grandes
3 xícaras (chá) de leite morno
10 g de fermento biológico seco instantâneo* (1 envelope)
1 colher (sopa) de sal
2 colheres (sopa) de açúcar
3 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado
1 xícara (chá) de óleo vegetal (usei de girassol)
5 e 1/2 xícaras (chá) de farinha de trigo
Parmesão ralado a gosto para cobrir (opcional, mas recomendo)

Recheio:
2 peitos de frango cozidos temperados e desfiados (sem caldo)
400 g de champignon**
1 xícara de milho verde cozido
1/2 xícara de azeitonas verdes picadas
1 lata de molho de tomate (ou 1 xícara e meia de molho caseiro)
1 copo de requeijão cremoso
Temperos e ervas a gosto

*O tempo de descanso da massa é curto, portanto use apenas o instantâneo para essa receita.
**Usei do congelado, refoguei com um pouco de manteiga só para perder o gelo e deixei escorrer bem.

Primeiro faça o recheio: misture todos os ingredientes e reserve. Prove para ver se o tempero está do seu gosto. Preaqueça o forno em 180° e unte e enfarinhe uma assadeira grande (geralmente uso uma assadeira retangular de 38x28cm).

Para a massa, bata todos os ingredientes no liquidificador, menos a farinha de trigo. Despeje a mistura numa tigela grande e vá acrescentando a farinha de trigo aos poucos, misturando bem com um fouet ou uma colher de pau, até que toda a farinha esteja bem incorporada. Observação: eu acho mais prático misturar tudo já na tigela grande e misturar bem com um fouet, batendo, e depois acrescentar a farinha de trigo, assim não você não precisa sujar o liquidificador. É uma massa um pouco pesada de misturar e de textura bem mole. Espalhe 2/3 da massa na assadeira preparada. Distribua o recheio por sobre a massa e cubra tudo com a massa que sobrou (você pode ir pingando a massa e depois espalhar levemente sobre o recheio). Deixe fermentando de 15 a 30 minutos. Cubra com parmesão ralado e leve para assar até ficar dourada (eu nunca reparo no tempo dessa torta, mas acho que varia de 20 a 40 minutos para assar). Corte em pedaços retangulares e sirva morna ou fria.

Fonte: Pecado da Gula e Iliane Brasileiro, que disseminou a receita na internet.

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Chutney de Cebola Roxa Caramelizada

Fiz esse chutney antes de viajar em dezembro e recentemente lembrei de abri-lo. Confesso que não vi grande diferença no sabor antes e depois da maturação, então se quiser prepará-lo para o mesmo dia em que será servido, você tem o meu apoio, a menos que seja um dia em que você vá receber visitas, pois o cheiro da cebola fica por várias horas no ar. Essa é a única desvantagem de fazer este condimento em casa, pois no final você terá um complemento agridoce incrível que servirá de contraste aos sabores fortes e salgados, ótimo para usar em sanduíches, pizzas, carnes, frios, tortas e até como base para molhos.

Ingredientes:
6 cebolas roxas grandes (1 kg de cebolas sem casca)
3 colheres (sopa) de óleo de girassol
250 ml de vinagre de vinho tinto
50 ml de vinagre balsâmico
3 xícaras de açúcar mascavo
2 folhas de louro
15 a 20 pimentas-do-reino moídas ou pisadas na hora

Ingredientes que podem ser acrescentados (não usei nenhum, são opcionais): um dente de alho, cominho, tomilho, cravo, passas, mostarda, maçãs picadas.

Pique as cebolas o mais fino possível (eu passei no mandoline e usei em rodelas bem finas, mas o ideal é que você pique-as bem). Refogue-as no óleo até que fiquem macias. Junte os vinagres, o açúcar, as folhas de louro e a pimenta. Deixe ferver e depois cozinhe em fogo baixo por cerca de 1 hora, 1 hora e meia, até que as cebolas fiquem translúcidas e o líquido evapore. Fique atento, pois se o líquido evaporar muito rápido, pode queimar. Ponha o chutney ainda quente diretamente num vidro esterilizado próprio para conservas. Feche-o bem e deixe-o maturar em algum lugar escuro e fresco, ou na geladeira, por 4 a 6 semanas (a maturação é opcional). Se estiver bem fechado, ele terá uma validade de 6 meses até que seja aberto, quando deverá ser mantido na geladeira.

Fonte: Self Sufficient UK.

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Minestrone de Outono no Verão

Sem ser rigorosa na definição, o minestrone é uma sopa com muitos ingredientes, feita com uma base refogada e que deve conter legumes da estação, incluindo quase sempre feijão e algum tipo de macarrão. Esta receita é do livro A Itália de Jamie e o resultado foi perfeito, mesmo fazendo-a numa versão vegetariana. Ficou bastante encorpada e serve quase como remédio naqueles dias em que o corpo precisa de mais nutrição. Numa sopa que não possui regras, afinal você usa o que tem disponível, as únicas regras indicadas pela receita são: usar um bom caldo, fazer o refogado lentamente e observar a estação dos ingredientes.
E por falar em estação, estamos em pleno verão, mas na minha cidade é uma época em que a temperatura cai e chove ocasionalmente. Não que eu precise dessa desculpa para fazer sopa, pois o fortalezense toma sopa à noite o ano inteiro: a temperatura daqui é tão constante que isso quase não interfere nas nossas escolhas do que comer. E se eu precisasse de uma desculpa para fazer esse minestrone novamente, eu diria que essa sopa foi uma das melhores que já tomei.

Ingredientes (6-8 porções):
200-300 g de feijão cozido sem caldo (ele sugere o branco ou o italiano rajado, usei feijão preto, mas adoraria ter usado feijão verde) (separe um pouco do caldo caso seja necessário usar no final da sopa)
4 tiras de bacon (não usei, imagino que fique bom, mas não senti falta)
2 cebolas roxas pequenas, descascadas e picadas finamente
2 cenouras descascadas e picadas
2 talos de salsão (aipo) aparados e picados (não usei)
1/2 cabeça de funcho (erva-doce) picada (não usei)
3 dentes de alho descascados e picados finamente
1 punhado de manjericão fresco, folhas e talos separados (troquei por salsinha fresca)
2 latas (400 g cada) de tomates pelados
2 abobrinhas pequenas picadas (tirei a casca e o miolo esponjoso)
1 batata média descascada e picada em cubos pequenos (acrescentei, não tem na receita original)
1 xícara de milho verde cozido (acrescentei, não tem na receita original)
1 taça de vinho tinto
200 g de acelga ou espinafre, lavado e picado grosseiramente (usei espinafre congelado)
550 ml de caldo de galinha ou de presunto ou de legumes (usei de legumes)
80 g de massa de macarrão seca e curta (usei serpentini, se usar massa longa, quebre antes)
1 pedaço de queijo parmesão, para servir (não usei)
Azeite de oliva para refogar
Azeite de oliva extra-virgem para servir

Primeiro faça o refogado (soffritto): aqueça um pouco de azeite de oliva numa panela com cabo e junte o bacon (que eu não usei), a cebola, a cenoura, o salsão, o funcho, o alho e os talos de manjericão (no caso usei os talos da salsa) bem picados. Refogue lentamente em fogo baixo, com a tampa pela metade, por cerca de 15 minutos, ou até que fiquem macios, mas não escuros.
Acrescente os tomates, a batata, as abobrinhas e o vinho tinto e cozinhe em fogo brando por 15 minutos. Depois disso, acrescente o caldo e deixe cozinhando até as batatas ficarem levemente cozidas, uns 10 minutos (adicionei também um pouco de sal, já que eu não usei o bacon). Por fim, junte o espinafre (ou a acelga) e o feijão. Acrescente a massa de macarrão e deixe ferver até que a massa esteja cozida. Se for preciso, junte um pouco mais de caldo de legumes ou o caldo do feijão reservado, ajustando a consistência da sopa conforme o seu gosto. Prove e tempere com sal e pimenta. Sirva com as folhas de manjericão (usei folhas de salsinha) rasgadas por cima e um pouco de azeite de oliva extra-virgem. Se desejar, rale um pouco de parmesão sobre a sopa.

Fonte: A Itália de Jamie – Jamie Oliver.

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Livros: A Itália de Jamie – Jamie Oliver

Na época em que este livro estava em seu auge aqui no Brasil, acredito que entre 2007 e 2008, eu não o comprei, mas fiquei com ele na cabeça por inúmeros elogios que aqui e ali eu ouvia. Quando uma livraria na cidade fechou as portas, fazendo antes uma grande promoção de livros, este foi um dos que escolhi para levar para casa.

Ele tem um estilo de edição parecido com alguns outros do mesmo autor, com fotos incríveis do David Loftus e um texto de entrada em cada receita, bem informal. A divisão do livro praticamente obedece ao serviço de um banquete italiano, começando pelos antepastos e terminando nas sobremesas, mas antes com uma introdução sobre o que seria essa “Itália de Jamie”, ou seja, a experiência gastronômica e cultural do autor no país.

E o legal do livro é exatamente este relato pessoal, como se fosse um diário de viagem de tudo que ele encontrou por lá: lugares, pessoas, ingredientes. Não se trata de um livro de receitas italiano autêntico, é claro, mas como ele próprio deixa marcado no título do livro, é a maneira como ele experimenta a Itália, assim como cada um de nós pode conhecer um pouco de um lugar através de sua comida. Até porque, e isso é um assunto constante no livro, cada família italiana tem um jeito muito próprio de fazer as coisas.

O ponto forte de A Itália de Jamie é a conversa do autor com o leitor, já característica do Jamie Oliver, tanto em seus livros como em seus programas de TV, lembrando muitas vezes um texto de blog. De ponto fraco eu apontaria apenas algumas escolhas da diagramação (dispensaria algumas páginas pretas com texto em fonte branca) e da tradução (o tradutor chega até a debochar de uma dica do Jamie Oliver), além disso, achei muito estranho não ter receitas de pães, mas no geral o livro é muito bonito e estou com várias receitas marcadas para fazer. Semana passada eu preparei uma, que já se tornou preferida e que amanhã postarei aqui.

Imagem: foto de divulgação do livro.

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Pãezinhos Amanteigados de Alho e Alecrim

Às vezes eu fico maluca com tantas opções de receita nos blogs culinários. São tantos pratos lindos e deliciosos, que não sei nem por onde começar. Nas atualizações de páginas do Facebook e no Pinterest, por exemplo, eu vejo tanta coisa legal que dá fome só de ficar olhando. Estes pãezinhos eu encontrei em um passeio pelo Pinterest e fiquei apaixonada pela maciez que a foto deles demonstrava. E com alho e alecrim, só podia ser bom. E realmente são butter rolls deliciosos, daqueles que você já pensa em preparar novamente, tão logo abocanhe o primeiro pedaço. Se decidir fazê-los, dê uma olhada na postagem original, com várias fotos de passo-a-passo.
Por falar em atualizações, agora tem Quiche de Macaxeira no Facebook! Quem quiser ficar atualizado com as postagens, interagir, comentar, tirar dúvidas, ver dicas de outros blogs ou só mesmo demonstrar que gosta do blog, é só curtir.

Ingredientes:
Massa:
2 colheres (chá) de fermento biológico seco instantâneo (ou 2 e 1/2 colheres (chá) de fermento biológico seco)
80 g de manteiga em temperatura ambiente (usei 90 g para aproveitar o que eu tinha)
1/4 de xícara de água morna
1 xícara de leite
2 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (chá) de sal
1 ovo grande
3 xícaras de farinha de trigo

Cobertura:
2 colheres (sopa) cheias de manteiga
1 ramo de alecrim (usei 1/2 colher de sopa de alecrim seco)
2 dentes de alho
Flor de sal ou sal marinho grosso para salpicar (usei sal Maldon)

Misture a água morna e o fermento numa tigela grande (se for fazer na batedeira, já pode ser a tigela da batedeira) e deixe descansar por 5 minutos. Numa tigela pequena, bata ligeiramente o ovo e reserve. Em outro recipiente, misture o leite e a manteiga e leve ao microondas por 1 minuto em potência máxima (caso não tenha microondas, basta esquentar numa panelinha até a manteiga derreter um pouco). A mistura deve ficar morna, e não quente. Na tigela grande com o fermento, passados os 5 minutos, acrescente o açúcar, o sal, o ovo batido e 1 xícara de farinha de trigo. Misture tudo e acrescente a mistura de leite e manteiga. Comece batendo a massa e vá acrescentando mais uma xícara de farinha quando a anterior tiver sido incorporada. Depois que a terceira e última xícara de farinha for incorporada, desligue a batedeira e deixe a massa descansar por 5 minutos antes de começar a sovar.

Obs: você pode preparar e/ou sovar essa massa a mão ou usando qualquer batedeira que tenha acessório para massas pesadas (ou o acessório de massas do processador), no entanto, a maioria delas não terá força para trabalhar a massa, portanto comece batendo e, à medida que vai acrescentando mais farinha, você pode parar e terminar o processo a mão mesmo. Como é uma massa que precisa de muita sova, quanto mais ajuda melhor. Eu usei uma planetária com o acessório do gancho (massas pesadas) mas só faça isso se você achar que a sua vai aguentar (a minha aguenta pouco tempo de sova).

Caso vá sovar na batedeira: você vai deixar batendo por 6 a 7 minutos (deixei 4 minutos porque a minha batedeira não pareceu aguentar muito), até que a massa forme uma bola. Se a massa estiver extremamente grudenta, vá acrescentando uma colher de farinha de trigo aos poucos, lembrando que a massa deve ficar um pouco grudenta no toque, quanto menos farinha, melhor.
Caso vá sovar na mão: você irá sovar por 10 minutos, acrescentando um pouco de farinha para não grudar nas mãos, lembrando que à medida que se sova ela vai ficando menos grudenta (quanto menos farinha você puder usar, melhor).

Cubra a tigela e deixe a massa descansar por 10 minutos, se estiver usando o fermento biológico instantâneo. Caso esteja usando o fermento biológico seco, deixe crescer por cerca de 1 hora, até que dobre de tamanho. Unte com um pouco de manteiga um refratário ou assadeira quadrada (usei uma de 22 cm). Passado o tempo de descanso da massa, transfira-a para uma bancada polvilhada com um pouquinho de farinha. Ela deve estar elástica e um pouco grudenta. Achate-a com as mãos, formando um retângulo alto, e marque um jogo da velha, separando-a em 9 pedaços (ou 12 pedaços, caso queira os pãezinhos menores).
Em cada pedaço de massa, modele os pãezinhos puxando as pontas para baixo e formando a bolinha na palma da sua mão. Transfira cada bolinha para a assadeira preparada, deixando um espaço entre as bolinhas, para que elas cresçam. Cubra com um pano e deixe crescer até dobrar de tamanho, cerca de 1 hora a 1 hora e meia (os meus cresceram em 45 minutos, mas era um dia bem quente).

Enquanto os pães crescem, é hora de fazer a cobertura de manteiga. Usando um pilão, bata bem o alecrim e o alho, liberando os sabores. [No meu caso, não fiz no pilão: passei o alho no espremedor de alho e juntei com o alecrim, amassando este com um garfo, misturando bem os dois.] Junte a manteiga e misture. Deixe descansando pelo mesmo tempo em que a massa cresce. Faltando uns 15 minutos para a massa estar pronta, preaqueça o forno em 180°.
Quando a massa crescer, leve a manteiga temperada ao microondas por 15 a 30 segundos, para intensificar o sabor e facilitar na hora de pincelar os pães. Pincele-os generosamente com a manteiga temperada, com cuidado para não cair muito alecrim sobre os pães. Salpique por cima cristais de flor de sal ou sal marinho. Leve ao forno para assar por cerca de 20 minutos (o meu ficou mais um tempo), até que cresça e fique bronzeado. Minha sugestão é servir com manteiga ou algum queijo branco fresco.

Fonte: Kayotic Kitchen.

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Salada 7 cereais com Cebola Dourada

Essa é uma ótima refeição vegana que você pode preparar em 30 minutos e ficar bem satisfeito. Usei o que eu tinha em casa, mas ela pode variar de inúmeras formas, sempre usando, além do 7 cereais: uma ou mais verduras cruas raladas; um ou mais grãos como feijão, ervilha, grão-de-bico ou lentilha; e proteínas, como castanha-do-pará, gergelim, coco ralado… a ideia é ter pelo menos um elemento de cada, para que ela fique rica e sirva como prato único.

Ingredientes (4 porções):
1 xícara de 7 cereais integrais (mix de arroz e outros cereais)
3 xícaras de água ou caldo de legumes
1 xícara de cenoura crua ralada
1 xícara de milho verde cozido
1 xícara de amêndoas levemente tostadas (poderia ser qualquer tipo de castanha picada)
1 cebola roxa cortada em meias-luas
Sal e pimenta a gosto
Azeite de oliva extra-virgem a gosto
Gotinhas de limão ou vinagre de vinho branco
Cebolinha picada a gosto (poderia ser salsa ou coentro)

Leve a água ou o caldo ao fogo alto. Quando ferver, acrescente o 7 cereais e tempere a gosto, se for o caso (como usei caldo, não coloquei nada, nem sal). Deixe cozinhar por cerca de 30 minutos, observando se precisa de mais água. Doure as cebolas numa frigideira em fogo alto com um pouco de azeite: a ideia é caramelizar um pouco, mas ainda deixando-as crocantes. Reserve. Quando o arroz estiver cozido e seco, deixe-o descansar por 5 minutos para liberar um pouco a umidade. Monte a salada misturando o arroz, a cenoura, o milho, as amêndoas e a cebola dourada. Tempere com sal e pimenta, se necessário (usei só um pouco de pimenta). Pingue algumas gotas de limão ou vinagre sobre a salada. Finalize com um fio de azeite e cebolinha picada.

Fonte: Inspirada nesta salada da Faby, do Pimenta no Reino.

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Bolo de Chocolate com Doce de Leite


Mais um bolo de chocolate? Calma, é só mais um bolo considerado o melhor bolo de chocolate. Não sei se é o melhor, afinal isso tudo é muito subjetivo, mas que é maravilhoso, não tenho dúvida. Este foi um presente para minha irmã que fez aniversário e que é louca por bolos. Para agradá-la, e para não ficar só no amargo do chocolate, fiz uma camada de doce de leite no meio, como uma surpresa boa.

Ingredientes:
Massa:
1 e 1/2 xícara de farinha de trigo
1/2 colher (chá) de fermento em pó
1/2 colher (chá) de bicarbonato de sódio
1/4 de colher (chá) de sal
60 g de chocolate meio amargo (usei 41% de cacau)
1/4 de xícara de cacau em pó
90 ml de água
1/2 xícara de óleo de canola ou de girassol
1 ovo grande
1 xícara de açúcar cristal (originalmente 1/2 xícara de açúcar refinado + 1/2 xícara de açúcar mascavo)
1/2 xícara de creme de leite

Ganache para recheio e cobertura:
250 g de chocolate meio amargo (usei 41% de cacau)
150 ml de creme de leite
50 g de manteiga sem sal derretida
1/4 xícara de glicose de milho (usei 2 colheres (sopa) de mel Karo, poderia ser mel de abelha)

Sugestão para uma das camadas de recheio:
Doce de leite a gosto (usei o Havanna)

Preaqueça o forno a 180°. Unte uma forma redonda de 20 cm de diâmetro com manteiga. Forre o fundo com papel manteiga e unte o papel por cima também.
Para a massa, misture a farinha de trigo, o sal, o fermento e o bicarbonato numa tigela e reserve. Numa panela pequena, ferva a água e desligue o fogo. Acrescente o cacau em pó e o chocolate picado. Misture até que fique derretido. Reserve. Em outra tigela, bata o ovo com um fouet e junte o açúcar. Misture bem e acrescente o óleo e o creme de leite. Adicione a mistura de chocolate e por último a mistura de farinha, adicionando aos poucos e misturando delicadamente. Despeje esta mistura sobre a forma preparada e leve para assar por cerca de 30 minutos ou até passar no teste do palito. Deixe esfriar antes de desenformar. Corte em 3 partes, obtendo 3 discos que serão recheados e cobertos com a ganache.
Para a ganache, derreta o chocolate em banho maria ou no microondas. Adicione o creme de leite e misture bem, para que fique liso. Acrescente a manteiga e a glicose e misture até ficar homogêneo.
Para montar, recheie a primeira camada do bolo com a ganache, a segunda com o doce de leite, e cubra todo o bolo com o restante da ganache.

Fonte: Chocolatria e Ricardo Cuisine.

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Beringela Grelhada com Melaço de Romã

Fazer comida para si mesmo tende a ser desanimador, mas pode ser uma oportunidade para comer o que você adora e os outros não gostam. No meu caso é a beringela, que eu acabo comendo mais fora de casa e preparando muito de vez em quando para mim. Essa receita, no entanto, vai acabar sendo muito frequente, pois ficou especial. Quando vi a foto numa revista que uma amiga me deu, fiquei logo com fome. O azedinho do sour cream com o doce do melaço de romã complementam perfeitamente as beringelas e os pimentões. Para alguns ele pode ser encarado como uma entrada, mas pra mim ele é uma ótima opção de prato único para quem vai comer sozinho.

Ingredientes (3 porções, se servir como entrada):
1 beringela média, cortada em 6 fatias no comprimento
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
Sal e pimenta a gosto
2 pimentões vermelhos assados, sem sementes e sem pele (usei 1 pimentão vermelho em conserva)
1 colher (sopa) de melaço de romã* (para cada porção)
1/3 de xícara de sour cream** (ou coalhada ou iogurte sem soro)
Salsinha picada a gosto
Pão sírio para acompanhar (opcional, acompanhei com outro pão)

*Vendido como Molho de Romã, você encontra na seção de comida árabe do supermercado. Caso não encontre, substitua por vinagre balsâmico.
**Para o sour cream, esprema metade de um limão numa xícara e complete com creme de leite até completar meia xícara. Deixe descansar por meia hora até engrossar um pouco.

Tempere as fatias de beringela com o sal, a pimenta e o azeite, espalhando bem para cobrir tudo. Ajuste a quantidade de azeite para seu gosto. Faça cortes rasos diagonais (apenas marcando) sobre as fatias, dos dois lados, para que pegue o tempero e grelhe mais rápido. Passe-as numa grelha (fiz numa panela anti-aderente) até que fiquem macias e douradas. Reserve-as num prato.
Corte os pimentões em tiras grossas e divida-as conforme o número de porções, distribuindo sobre as beringelas grelhadas. Ponha por cima um fio de melaço de romã e uma colher cheia de sour cream. Finalize com azeite de oliva a gosto e com salsinha picada. Sirva com pão sírio.

Fonte: Revista IngredientsEtc.

Obs: a palavra beringela pode ser escrita com g ou com j, eu sigo a indicação do dicionário Houaiss.

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O que comi no Chile, Parte 4


O último dia no Chile foi o dia em que comemos melhor. Fizemos reserva dias antes em dois restaurantes mais disputados, para garantir que íamos conhecê-los. O primeiro foi o mexicano Como Agua para Chocolate, restaurante que faz referência ao famoso livro de Laura Esquivel, onde fiz a minha melhor refeição no país e uma das melhores de todos os tempos. Além do local ser lindo e muito agradável, a comida estava sensacional, até hoje sonho com minhas Fajitas Vegetarianas, compartilhadas com uma amiga, já que é um prato que eles sugerem dividir. Comemos muito e ainda sobrou! Tortillas de trigo com legumes e verduras salteadas, queijo, arroz, guacamole, creme de coentro e creme azedo.

Nesse dia, éramos 6 à mesa e duas pessoas pediram peixe: Salmon a las finas hierbas, salmão grelhado com molho de ervas e legumes salteados, e Corvina al Fuego, peixe flambado no rum (a garçonete chega com o prato em chamas na mesa) com risoto da casa.

Os demais pediram carne: Filete al Lodo, medalhões de filé com cogumelos, cebolas e legumes com doce de abóbora e Las Costillas de Quersen, costelas sobre purê rústico com redução de vinho e mel.

Você pode passar horas admirando os detalhes do restaurante, como uma mesa com formato de cama, uma linda fonte, vitrais, as cores das paredes, objetos… E ainda vai ouvir uma ótima música latina ao vivo, num volume que vai permitir você conversar. Como estávamos fartos, pedimos apenas duas sobremesas para todos da mesa provar. Como Agua para Chocolate, um doce feito com 3 tipos de chocolates belgas num molho de framboesa, e Amor entre Blancos y Negros, brownie com musse de queijo, amêndoas e frutas silvestres. Eu só provei do segundo e estava bom, mas nada que chegasse no nível dos pratos principais.

Saindo de lá, andamos alguns quarteirões e fomos conhecer outra casa do Neruda: La Chascona. Não sei se porque a guia que nos recebeu estava muito cansada e apressada, eu acabei tendo a sensação de ter gostado mais da outra casa que visitei. Mesmo assim, é tudo lindo, vale demais conhecer.

À noite foi a vez de fecharmos a viagem no chileno Aqui esta Coco. O ambiente é ora sofisticado, ora cafona, ora bizarro, tudo ao mesmo tempo. As mesas são bem próximas umas das outras e o serviço, um pouco rápido demais. A sensação que dá é que eles querem que você coma o mais rápido possível para dar espaço a outros fregueses e, por outro lado, tem aquele excesso de atenção que incomoda um pouco. Tudo isso não interferiu no fato de que a comida era deliciosa e de que tudo ocorreu de maneira agradável. A clientela é composta basicamente por turistas brasileiros, pelo que percebemos, inclusive o menu é traduzido para o português.

Foi minha segunda refeição preferida da viagem: Salmão Terra e Mar, um salmão na chapa sobre aspargos grelhados e avelãs nativas (acompanha ainda um lagostim no espeto que eu dispensei, mas que minha amiga pediu completo). Foi o melhor salmão que comi na vida, derretia como manteiga na boca e o molho com as avelãs e aspargos completavam tudo de maneira perfeita.

Os rapazes escolheram um Arroz Coco, um arroz com verduras, mariscos e gengibre, e um Congro Salteado, congro frito com cebola roxa, ají, tomate e coentro com batatas fritas. Todos concordaram que estava tudo perfeitamente delicioso.

Por fim, as sobremesas. Com tanta comida, nunca tínhamos muita oportunidade de pedir entradas ou sobremesas, mas dessa vez era nossa despedida, e os pratos tinham vindo numa quantidade ideal, sem exageros. Pedimos Torta de Lúcuma (torta de merengue de lúcuma, que é uma fruta peruana, cujo sabor achamos parecido com sapoti), Tulipa de Berries, um mix de frutas ao vinho com gelado de baunilha numa casquinha, e a Torta de La Abuela, a famosa mil-folhas de doce de leite do restaurante, simplesmente sensacional. Esta teria sido a noite ideal para tomar vinho, mas com todo mundo se sentindo um pouco gripado só conseguíamos tomar sucos. Aliás, os meus relatos poderiam se resumir a “O que comer em Santiago sendo abstêmio, alérgico a mariscos ou vegetariano”.
Mais uma vez o restaurante era perto de “casa” e voltamos à pé, curtindo o vento frio com a mão no bolso, com a sensação de que queríamos voltar em breve.

[Parte 1] [Parte 2] [Parte 3]
(Obs: algumas das fotos usadas foram cortesia dos amigos companheiros de viagem).
Para quem quiser visitar o Chile, não deixe de ver esses links abaixo. E caso queiram muito ir a um desses restaurantes, lembre-se de reservar com bastante antecedência.
Postagens sobre o Chile, do Edu Luz
Santiago para Gourmets, da Luciana Betenson
O Centro de Santiago
Onde comer em Santiago
Restaurantes em Santiago
Chile, no Destemperados